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Hoje vou falar-te de nutrição comportamental, uma área emergente que tem vindo a ganhar relevância nas consultas de nutrição. Para perceberes como podes desenvolvê-la na tua prática e chegar a mais pessoas, continua a ler.

Vamos desvendar alguns dos seus conceitos principais e como podem ser aplicados para teres mais sucesso.

O que é a Nutrição Comportamental?

A Nutrição Comportamental é uma abordagem mais holística e abrangente que procura entender os indivíduos como um todo. Integra e inter-relaciona a biologia, o ambiente e o comportamento na tentativa de dar resposta aos desafios clínicos.

Porque é que frequentemente as estratégias sugeridas pelo nutricionista não têm resultados duradouros?

Porque é que tantas pessoas desistem da consulta de nutrição, com um sentimento de enorme frustração e fracasso?

Porque já se chegou à conclusão de que desenhar um plano alimentar saudável e adequado, só por si não chega.

Fatores como o estilo de vida ou tensões emocionais podem influenciar negativamente os comportamentos relacionados com a comida. E isso deve ser tido em conta em consulta.

Isto torna mais difícil tratar condições como o excesso de peso se apenas tivermos em conta o lado nutricional.

Considerando a pessoa em todos os seus contextos, conseguimos identificar comportamentos que precisam de ser trabalhados.

Como posso, enquanto nutricionista, implementar estas noções?

Na nutrição comportamental não importa tanto o que se come, mas sobretudo como e porque se come.

Mais do que contabilizar nutrientes, calorias, quilos ou quantidades, é necessário perceber como as pessoas se relacionam com a comida.

Com culpa, ansiedade, aversão ou compulsão?

O que significam para elas os momentos das refeições? Descontração, socialização e desfrute? Ou perfecionismo, stresse e até solidão?

A forma como encaramos o ato de comer tem muito mais de psicossocial do que racional, por isso partimos daqui.

Depois de identificadas estas áreas sensíveis, enquanto nutricionista deves orientar no sentido da alimentação consciente.

O objetivo é também promover o autoconhecimento, levando o foco para as emoções, pensamentos e comportamentos associados aos alimentos.

A atenção será simultaneamente direcionada para ajudar a pessoa a ouvir o próprio corpo. Distinguir entre fome e vontade de comer, necessidades físicas e emocionais, faz parte do processo de autodescoberta.

Neste percurso a comunicação é  fundamental.

Mensagens positivas, claras e consistentes, baseadas na tua experiência e conhecimentos, vão reforçar hábitos e comportamentos saudáveis. Informar e esclarecer, influenciar e incentivar são as palavras de ordem!

Empreender a Mudança

Agora que já percebeste como esta abordagem pode ampliar o teu alcance, é hora de arregaçar as mangas. Ninguém se sente motivado por planos rígidos, restritos e pouco aliciantes.

Mas se te mostrares disponível para ouvir numa postura de conciliação, mais pessoas te irão procurar. Porque no fundo todos nós só queremos ser compreendidos e apoiados nas nossas lutas e dificuldades. Tal como alguém que tem excesso de peso ou obesidade.

Por isso investe na tua formação e na divulgação desta vertente em todos os meios disponíveis. Alargar a tua área de atuação só te trará benefícios.

Empreender a mudança começa sempre por ti. Já o sucesso, irás partilhá-lo com todos aqueles que te procuram.

Com energia total,

Joana Carvalho Costa